Poucos
dias antes de morrer, a apresentadora Hebe Camargo foi condenada pelo
Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) a pagar 300 salários mínimos
(R$ 186,6 mil) de indenização por danos morais à mulher do cantor
Chitãozinho, Márcia Regina Alves. Somados os custos processuais, a
condenação chega a R$ 223,9 mil.
Com a morte de Hebe no dia 29, o valor poderá ser abatido da herança de Hebe, mas ainda cabe recurso. O G1 tentou contato com familiares de Hebe, mas até a publicação da reportagem não havia obtido retorno.
Com a morte de Hebe no dia 29, o valor poderá ser abatido da herança de Hebe, mas ainda cabe recurso. O G1 tentou contato com familiares de Hebe, mas até a publicação da reportagem não havia obtido retorno.
Hebe
foi condenada por comentários que fez em seu programa, no fim de 2000,
sobre a separação do cantor Chitãozinho da sua então mulher Adenair,
para namorar com Márcia Alves, ex-dançarina do Grupo Banana Split. A
ação sustentou que Hebe insinuou que Márcia seria prostituta. As
declarações foram feitas na presença da ex-mulher do cantor, que estava
no programa de Hebe.
saiba mais
Hebe Camargo morre aos 83 anos
A ação sustenta que Hebe usou as expressões “garota de programa”, “aquela coisa” e frequentadora de uma casa de prostituição de São Paulo. A atual mulher de Chitãozinho citou também na ação que foi comparada à personagem Capitu, na novela “Laços de Família”, da Rede Globo, que era prostituta.
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Hebe Camargo morre aos 83 anos
A ação sustenta que Hebe usou as expressões “garota de programa”, “aquela coisa” e frequentadora de uma casa de prostituição de São Paulo. A atual mulher de Chitãozinho citou também na ação que foi comparada à personagem Capitu, na novela “Laços de Família”, da Rede Globo, que era prostituta.
O desembargador Caetano
Lagrasta afirmou que, no programa de Hebe, Márcia foi “condenada por
antecipação, não obstante enxovalhada e agredida psicologicamente”.
Afirmou ainda que agressões são perpretadas em nome da “pretensa
liberdade de imprensa”.
A decisão em
segunda instância aconteceu em 19 de setembro, quando dois
desembargadores acataram a tese de Márcia Regina, apesar de outro ter
entendido que os comentários de Hebe não foram direcionados à mulher de
Chitãozinho, mas sim relacionados à situação de separação em que o
marido fica com outra mulher. Esse havia sido também o entendimento na
decisão de primeira instância em 2011, mas os advogados de Márcia Alves
recorreram.
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