O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, publicou no Diário
Oficial uma portaria criando um grupo de trabalho para cuidar do
desligamento da TV analógica.
O grupo terá como missão principal a elaboração e acompanhamento do
Plano de Desligamento da TV Analógica, estabelecendo um cronograma de
desligamento, a divulgação desse calendário e a realização de testes.
Esse plano de desligamento será enviado para consulta pública no
prazo de 60 dias. Ocorre que ele já existe. Foi divulgado pelo
ministério em agosto, e aqui foi noticiado.
O decreto que instituiu a TV digital no país, em 2006, estipulou que o
desligamento analógico, também chamado de apagão analógico, ocorreria
em 2016. Ou seja, daqui a quatro anos, todos os canais analógicos (como o
5 da Globo em São Paulo) deverão ser desligados.
As emissoras passarão a operar apenas com os canais digitais. Quem não tiver televisor digital não verá TV.
Mas o governo quer antecipar o apagão analógico. Na Grande São Paulo,
prevê o desligamento dos canais analógicos em março de 2015.
Ainda em 2015, pretende fazer o mesmo em Brasília e em todas as capitais do Sudeste, Sul e Nordeste.
A ideia do governo tem a oposição das redes de televisão. Segundo
elas, o Brasil não estará pronto para o desligamento analógico nem em
2016. Hoje, dizem, existem apenas 16 milhões de televisores digitais no
país. É pouco para um universo de mais de 60 milhões de domicílios.
Por trás da pressa do governo está a pressão das telefônicas. As
empresas de telefonia querem pegar as frequências dos canais 52 a 69,
hoje usadas pela TV aberta, para operar internet móvel de alta
velocidade.
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